Uma situação que não deveria ser normal tornou-se comum no Brasil por conta das sucessivas crises econômicas e, recentemente, fez-se percebida de forma mais clara em função do aumento da inflação e da perda de poder aquisitivo da população: a necessidade de famílias contarem com os benefícios de aposentadoria dos mais velhos para sustentar filhos e netos.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua), do IBGE, a participação de aposentadorias e pensões no rendimento médio mensal das famílias vem crescendo gradativamente ao longo do tempo, saindo de 16% em 2012 e alcançando 18,2% em 2021.
O envolvimento dos aposentados é natural: com filhos desempregados e netos que precisam ser mantidos, justamente num período em que os idosos precisam contar com recursos para a cobertura de gastos maiores com saúde, acabam contribuindo financeiramente e muitas vezes se endividando.
Esse quadro fica ainda mais dramático quando se percebe vem também aumentando a taxa de inadimplência dos idosos. De cada 10 idosos com 60 anos ou mais, pelo menos 3 estão inadimplentes, segundo o SPC Serasa.
Se essa é a sua situação, cuidado com o efeito bola de neve: a dívida que vai sendo rolada para frente, mas não para de crescer, até ficar incontrolável.
Reunimos aqui algumas dicas para você ficar de olho e tentar fugir dessa situação:
1. Não faça empréstimos para terceiros.
2. Tenha cautela e seja criterioso para fazer gastos, sobretudo no cartão de crédito.
3. Não engavete suas dívidas: encare-as e negocie, com base em suas reais condições de pagamento.
4. Se não for possível quitar sua dívida, troque-a por outra mais barata.
5. Assim que conseguir recompor seu equilíbrio financeiro, comece a formar uma reserva para emergências.
6. Ajude seus familiares a planejarem suas vidas financeiras, reduzindo gastos e também a dependência dos recursos da sua aposentadoria.