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Reajustes de 2022 e de 2023. Qual o melhor?

Os reajustamentos dos proventos do Plano Plenus repõem a inflação medida pelo INPC, calculado pelo IBGE. Portanto, a cada mês de junho, o participante tem de volta o mesmo poder aquisitivo. Apesar disso, pode parecer que o participante ficou em melhor situação financeira com o reajuste de 11,90% do ano 2022 do que com o reajuste de 3,74% em 2023.

No entanto, como a função do reajuste é repor as perdas do ano, então se o reajuste é grande é porque as perdas do ano também foram grandes.

As perdas que os dois reajustes recompuseram estão representadas nos gráficos a seguir, que reduz o poder de compra de 100,00, na medida do crescimento dos preços medido pelo INPC.

O gráfico a seguir representa o período que deu origem ao reajuste de 2022:

Em maio de 2022, com 100,00 só conseguíamos comprar o que comprávamos com apenas 89,77, em junho de 2021.

O gráfico a seguir representa o período que deu origem ao reajuste de 2023:

Em maio de 2023, com 100,00 só conseguíamos comprar o que comprávamos com 96,74, em junho de 2022.

A melhor situação para o participante é que a inflação e, consequentemente, o reajuste sejam os menores.

Portanto, o reajuste não eleva o valor real dos benefícios, mas apenas recompõe o poder de compra perdido no período de acordo com cálculos que não são da PREVHAB, mas do IBGE. A elevação real do benefício demanda a alocação de expressivos recursos às reservas matemáticas. Cada 1% de aumento real exige o aporte de cerca de 6,4 milhões de reais e isso somente poderia ser realizado diante da existência de um superavit superior a 25% das reservas matemáticas. Ignorar isso significa colocar o equilíbrio do Plano em risco – o que jamais faríamos – e criar as condições para a intervenção na Entidade pela PREVIC.

As dificuldades que enfrentamos e que impedem a formação de superávits – como ocorreu durante cerca de vinte anos – decorre da crise econômica de mais de 6 anos, que, entre outros danos, paralisou o mercado imobiliário corporativo especialmente no Rio de Janeiro. Não se trata de um problema exclusivo de PREVHAB, mas também de muitos outros fundos de previdência. Entretanto, o que nos diferencia é que os participantes desses outros fundos vêm sendo onerados com significativos descontos em seus proventos.

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