A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic) não afeta a política de investimentos de curto prazo das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Segundo depoimento de Guilherme Benites, sócio da Aditus Consultoria, para a Investidor Institucional, a queda da Selic para 11,25% ao ano decidida em 31 de janeiro já era esperada e não compromete o atingimento das metas atuariais neste ano.
À revista, ele pontuou que as EFPCs traçaram as políticas de investimentos no ano passado com uma expectativa de Selic terminal perto de 9% ao ano, o que representa um juro médio na casa de 10% em 2023. E a PREVHAB foi uma delas, como explica João Luiz Ribeiro Lopes, Gerente de Investimento.
“De fato considerando as projeções do mercado reunidas e divulgadas pelo Banco Central no boletim Focus de 06/02/2024, a taxa SELIC — que hoje encontra-se em 11,25% a.a — deverá encerrar este ano a 9,0% a.a, com a taxa média estabelecendo-se em torno de 10,0% a.a. Já a inflação oficial medida pelo IPCA está estimada em 3,81% para 2024. Diante de tais números a taxa real de juros (taxa média de juros descontada a inflação) ficará em torno de 6,0% a.a., superior, portanto, à taxa da meta atuarial de 4,6% (descontada a inflação)”, disse João. “Vale ressaltar que essas projeções têm uma maior aderência em relação aos investimentos no segmento de Renda Fixa e que os demais segmentos dependerão das condições de seus mercados específicos, principalmente no que se refere ao segmento imobiliário”, completou.